O clima de rivalidade marcou o primeiro debate entre os candidatos ao governo estadual terça-feira, 19 na TV Bandeirantes. Estiveram presentes Anthony Garotinho (PR), Luiz Fernando Pezão (PMDB), Lindbergh Farias (PT), Marcelo Crivella (PRB) e Tarcisio Motta (PSOL).
O embate entre Garotinho com o atual governador, Luiz Fernando Pezão, esquentou logo na abertura o debate, com ambos trocando acusações sobre a reconstrução da Região Serrana, devastada pela tragédia climática de 2011. Pezão chegou a dizer que “Garotinho era lamentável ao falar em processos”.
Ao falar sobre a tragédia climática, Garotinho questionou Pezão sobre processos abertos no Tribunal de Contas da União (TCU), Ministério Público Federal, Ministério Público estadual e Controladoria-Geral da União (CGU) por conta de verbas do governo federal que, supostamente, não teriam sido aplicadas para “fazer casas, encostas e pagar aluguel social”. Pezão respondeu:
“Tenho orgulho da minha atuação na Região Serrana. Fui o primeiro a chegar depois do Corpo de Bombeiros. Estamos fazendo 1.300 residências. Fizemos 1.900 indenizações. Até o fim do ano, serão 3.200 moradias em Nova Friburgo, Teresópolis, Bom Jardim, Petrópolis e Areal. Fizemos mais de 63 pontes. Estamos construindo 23. Fizemos mais de 60 encostas. Não tenho processo no TCU. Não me arrependo de nada do que fiz na Serra”, destacou.
Na réplica, Garotinho acusou de Pezão de mentir e disse que o ex-prefeito de Bom Jardim, Afonso Monnerat, e o secretário estadual de Obras, Hudson Braga, respondem a processos relacionados ao caso. Na tréplica, Pezão acusou Garotinho de ser “campeão” de processo e lembrou que é “prática comum da democracia” responder aos órgãos citados.