O primeiro semestre de 2015 foi fraco. E a tendência é que a crise econômica do país se aprofunde nos seis meses restantes do ano. É o que diz uma sondagem feita pela Firjan com os empresários de Nova Friburgo e demais municípios da Região Centro-Norte Fluminense.
Os empresários da Região continuam pessimistas em relação à economia e à atividade industrial. De acordo com a Sondagem Industrial do Rio de Janeiro, divulgada pelo Sistema Firjan, os industriais esperam redução da compra de matéria-prima e do número de empregados nos próximos seis meses, o que é explicado pela expectativa de queda da demanda por produtos. No primeiro semestre, todos os grandes setores da atividade econômica reduziram empregos formais no período.
De acordo com a Firjan, o Índice de Confiança do Empresário Industrial Fluminense atingiu 35,9 pontos no segundo trimestre do ano. Os índices da pesquisa variam de zero a cem pontos e os valores abaixo de 50 indicam pessimismo. Nesta edição da pesquisa, o índice alcançou o menor patamar da série histórica, iniciada há dez anos, e está em linha com o resultado nacional, que ficou em 37,2 pontos.
No Centro-Norte Fluminense, a Sondagem Industrial do 2º trimestre registrou queda. Tanto o indicador Volume de Produção (que atingiu 36,3 pontos), como o de Número de Empregos (que alcançou 38,9 pontos) ficaram bem abaixo da linha divisória de 50 pontos.
O nível de estoques subiu e ficou acima do planejado: o indicador de Nível de Estoques alcançou 54,2 pontos e o de Estoques Efetivo-Planejado situou-se em 54,5 pontos.
A indústria regional operou com 62% da capacidade instalada no 2º trimestre, o que representa uma distância de quase 10 pontos percentuais frente a série histórica para períodos de 2º trimestres de anos anteriores.
Os empresários continuaram insatisfeitos com as condições financeiras no 2º trimestre. O indicador de Situação Financeira atingiu 34,3 pontos, menor patamar da série histórica. O indicador de Acesso ao Crédito ficou em 32,6 pontos.
O indicador de Margem de Lucro (29,4 pontos) também se manteve bem abaixo da linha de 50 pontos. Não há perspectivas de retomada da atividade industrial para os próximos seis meses.
Os indicadores Demanda por Produtos Industriais (46,8 pontos), Compra de Matéria-prima (37,3 pontos) e Número de Empregados (32,9 pontos) se encontram em níveis baixos. Os empresários da região estão otimistas apenas quanto à Exportação de seus produtos: indicador em 58,2 pontos.