Unidos da Tijuca homenageou o friburguense Clóvis Bornay

17/02/2015 10:46:53
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Fotos: O Globo

A Unidos da Tijuca defendeu o título do Grupo Especial do carnaval carioca na madrugada desta terça-feira, 17, na Marquês de Sapucaí, com enredo em homenagem ao artista e carnavalesco friburguense, Clóvis Bornay, morto em 2005. Clóvis era descendentes de família suíça, país que a agremiação também retratou na Avenida.

Com o enredo “Um conto marcado no tempo – o olhar suíço de Clóvis Bornay” a azul e amarelo da comunidade do Borel, passeou por contos e fábulas da vida e obra de um dos maiores carnavalescos que o carnaval já conheceu.

No último carro da escola, o pavão, símbolo da agremiação, veio com alegorias vivas que simbolizaram a ave, e trouxe um componente retratando o artista homenageado, Clóvis Bornay.

Quem foi Clóvis Bornay
Clóvis Bornay nasceu em Nova Friburgo em 10 de janeiro de 1916 e morreu no Rio de Janeiro no dia 9 de outubro de 2005. Foi um museólogo e carnavalesco brasileiro, idealizador do Baile de Gala do Theatro Municipal do Rio de Janeiro.

Era o mais novo dos doze filhos de mãe espanhola e pai suíço, um dono de uma loja de joias em Nova Friburgo.

Tornou-se um dos mestres em fantasias de Carnaval – a todo ano trazia novos elementos em suas fantasias, e acabava ganhando quase todos os concursos que disputava. De tanto ganhar, acabou sendo declarado hors-concours (concorrente de honra, não sujeito à premiação).

Trabalhou como museólogo no Museu Histórico Nacional. Foi carnavalesco das escolas de samba Salgueiro, Unidos de Lucas, Portela, Mocidade Independente de Padre Miguel e Unidos da Tijuca.

Com a Portela ganhou o campeonato de 1970 com o enredo “Lendas e mistérios da Amazônia”.

Algumas de suas fantasias são expostas no Brasil e são acervo de outros museus no exterior. Pela significação de seu trabalho, foi laureado com o título de cidadão honorário de Louisiana em 1964.

Recebeu a “Medalha Tiradentes” da ALERJ em 1966 dada a personalidades que tenham relevância cultural para o estado. Foi também cantor, gravando marchinhas carnavalescas nos anos 60 e 70.

Também se notabilizou como jurado para os apresentadores de televisão Chacrinha e Sílvio Santos.

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