DEFESA DO EX-PRESIDENTE CHAMA A PEÇA JURÍDICA DE “NARRATIVA FANTASIOSA” –
A Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma denúncia formal contra Jair Bolsonaro e um grupo de aliados – no total, 34 nomes – por tentativa de golpe de Estado em 2022.
O documento aponta que o ex-presidente liderou uma organização criminosa que praticou atos nocivos contra a democracia e tinha um “projeto autoritário de poder”.
Se a denúncia for aceita, Bolsonaro se tornará réu e responderá a um processo penal no STF, podendo ser condenado pelos crimes descritos na acusação.
A PGR denunciou Bolsonaro e os demais integrantes da organização criminosa pelos seguintes crimes:
. Liderança de organização criminosa armada
. Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito
. Golpe de Estado
. Dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio da União
. Deterioração de patrimônio tombado
MANIFESTAÇÃO DA DEFESA DO EX-PRESIDENTE
A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro manifestou “indignação e estarrecimento” com a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), que o acusa de envolvimento em um suposto plano de golpe de Estado. O comunicado, divulgado nesta quarta-feira, 28/1, reitera que Bolsonaro nunca compactuou com qualquer tentativa de romper a ordem democrática no país.
No texto, os advogados do ex-presidente afirmam que, após quase dois anos de investigações, não foram encontrados elementos que o liguem diretamente à suposta trama golpista.
Os advogados de Bolsonaro também criticam o que chamam de “narrativa fantasiosa” construída pela PGR. Segundo eles, a denúncia baseia-se essencialmente em uma delação premiada com versões alteradas diversas vezes por um único delator.
A defesa finaliza afirmando que Bolsonaro confia na Justiça e acredita que a denúncia será derrubada por falta de coerência e de provas concretas que sustentem a acusação.