NO DOCUMENTO PÚBLICO, ELE FALA SOBRE A SITUAÇÃO SOCIAL DO CLUBE E A GESTÃO DO FUTEBOL –
O Presidente do Conselho Diretor do Friburguense Atlético Clube, Elberth Jonas de Mello Heringer , divulgou esta semana um documento assinado pessoalmente onde vem a público esclarecer, no seu ponto de vista, a situação administrativa social e a gestão terceirizada do clube. A íntegra do documento (leia abaixo) também foi postada nas redes sociais do Friburguense.
ÍNTEGRA DA CARTA DO ATUAL PRESIDENTE DO CLUBE
Para esclarecimento:
Diante de divulgações em redes sociais e periódico de mensagens ofensivas, difamatórias e distorcidas, violando a imagem e a honra do presidente, dos conselheiros, da diretoria e sócios do Friburguense Atlético Clube, seguem informações que, até o momento, estavam sendo tratadas internamente, buscando não agravar a crise da atual gestão do futebol. Porém com tantas informações sem fundamento, feitas por pessoas que demonstram interesses pessoais, considero importante esclarecer alguns pontos.
O futebol profissional do Friburguense Atlético Clube está sob uma gestão terceirizada, que tem por obrigação prestar contas à direção do clube.
Como presidente do conselho diretor, tenho obrigação de obter e repassar as informações aos diretores, conselheiros e sócios do clube.
A crise do futebol profissional do Friburguense já se apresenta há alguns anos, não é recente.
O atual gestor deveria sim, esclarecer a todos, toda a ajuda que tem recebido da parte social do clube, a saber:
Ao contrário do que alguns dizem, como se a parte social do clube não desse importância e quisesse acabar com o futebol profissional e se desfazer do(s) estádio(s), já houve proposta sim, no passado, para compra do Estádio Olavo Fonseca Coelho (campo do Serrano). Porém na minha gestão, sequer trouxeram novamente, pois quando assumi deixei claro que nem levaria ao conhecimento dos conselheiros. Cheguei a receber proposta para transformá-lo em estacionamento, mas também recusei e não levei para análise.
Há tempos, apesar do futebol profissional estar sob arrendamento, o clube não recebe nenhum valor (NADA!);
Como não há um CNPJ desvinculando a social do futebol, parcelas não pagas referentes a INSS e FGTS do futebol têm sido pagas pela parte social. Esses valores já somam aproximadamente R$ 137.000,00!
Ao questionarmos quando serão acertados esses valores, PASMEM! O gestor do futebol justificou que “está separando os valores pagos pelo futebol que são de obrigação e sempre foram pagos pro clube continuar funcionando a cada ano, ou seja, alvará de Ferj, alvará de CBF, laudos de engenharia.”
O que NÃO PROCEDE!!! Pois o clube social independe de FERJ, CBF, etc para funcionar!!! São documentos exclusivos para o funcionamento do Futebol Profissional, de responsabilidade do seu gestor!!!
Considero uma vergonha e absurda a postura de tentar colocar a atual situação do futebol profissional sob minha responsabilidade e de minha gestão.
Gostaria de saber:
1) Fuga de investidores? Pois não chegou ao meu conhecimento de nenhum investidor nos últimos anos. Se alguém souber, me informe por favor;
2) Esses fatos o colocaram em situação delicada de ordem financeira? Sério? Estou presidente há apenas um ano e meio…. o futebol profissional não estava nessa situação anteriormente?
3) Por que a demora na assinatura do contrato? Por que apesar de NUNCA termos visto essa suposta versão antiga assinada, o sr. José Eduardo Siqueira ora diz que não existe ora diz que existe. Em nossa última reunião, pedi pela última vez que o apresentasse. IMPORTANTE: se existe um contrato assinado, considero relevante que tenhamos uma cópia. E ainda, para assinar um “novo” contrato, solicito a ANUÊNCIA dessa pessoa. Portanto, como o sr. José Eduardo Siqueira apesar de minha insistência, não apresenta essa suposta versão assinada, estou finalizando essa história, considerando que o gestor definitivamente admite que nunca houve contrato. Eu sempre disse que não concordo com essa situação e quem está solicitando contrato somos eu, a diretoria, os conselheiros e os sócios, não a outra parte! Caso assim fosse, já o teria feito há anos.
4) Quais melhorias o sr. José Eduardo Siqueira fez no patrimônio do clube (e que não eram de sua responsabilidade)?
O que vejo é justamente o contrário. E devido às péssimas condições em que se encontram as instalações do estádio, que são de responsabilidade do gestor do futebol, tivemos que ceder a maior loja do clube por 2 anos (1 ano na gestão anterior e 1 ano sob minha gestão) para servir de refeitório. Recusei proposta de aluguel mensal de R$ 5.500,00, ou seja, somente durante o ano de 2022, deixamos de arrecadar R$ 66.000,00 em aluguéis;
Essas somas possibilitariam a reforma que se faz necessária da maior piscina do clube, bem como da troca da rede de proteção do campo de society, manutenção ou troca do piso da quadra esportiva e outras manutenções, além de contratação de mais funcionários, ou seja, a parte social do clube mesmo sem qualquer tipo de responsabilidade, vem assumindo obrigações do gestor do futebol;
Em minha gestão, o campo do Serrano foi totalmente recuperado, com recursos somente da social do clube. Temos um funcionário com dedicação total, além de todas as taxas também serem pagas somente pela social. E disponibilizamos o campo a qualquer dia e horário para o gestor do futebol, para treinamentos, SEM QUALQUER CUSTO PARA O GESTOR DO FUTEBOL PROFISSIONAL.
Também autorizamos treinamentos no campo de society da social e, desde que assumi, abri as portas para os atletas frequentarem o clube.
Aos que me enviam mensagens e agradecem por minha dedicação ao clube, ao perguntarem o porquê de me disponibilizar, respondo:
Sou sócio desde os meus 10 anos de idade (fevereiro de 1982), portanto há 41 anos.
Trabalhei, inclusive, nos bares do estádio. Em 1994, recebi como pagamento, uma calculadora científica, para auxílio em minha primeira graduação. Tenho até hoje. Reconheço que até nisso o Friburguense faz parte de minha vida, mesmo que indiretamente.
Sou, antes de tudo, torcedor do Friburguense. Em 2005, fui um dos quatro torcedores a acompanhar o time no jogo contra o Internacional, em Porto Alegre, pela Copa do Brasil.
Fui presidente do conselho deliberativo de 2003 a 2007, período no qual eu já solicitava que fosse resolvida a questão referente ao contrato do futebol.
Durante a pandemia, fui solicitado a ajudar como vice-presidente financeiro e assim o fiz.
Posteriormente, fui indicado como candidato à presidência do clube e também aceitei contribuir mais uma vez.
Quando assumi como presidente do conselho diretor, em dez/2021, deixei claro que entregaria ao próximo gestor essa questão do futebol profissional resolvida.
Minhas críticas com relação ao futebol, foram esclarecidas em reunião com a presença do atual gestor. Deve-se à questão do não pagamento do FGTS e INSS referentes ao futebol profissional, durante todo o ano de 2022, sem nenhum acordo com a direção do clube.
Outro fator relevante, deve-se à insatisfação quanto a informação do atual gestor de que eu não poderia fazer um projeto social no campo do Serrano, pois isso atrapalharia a gestão do futebol, fato que sabidamente não ocorreria, já que o gestor do futebol não usa o espaço de forma ininterrupta.
Por fim, tenho o maior respeito pelos profissionais que vestem a camisa e fazem o que podem pelo Friburguense, assim como também tenho pela torcida que marca presença e sempre apoia, porém faz-se necessário que chegue ao conhecimento de todos, as inúmeras ajudas que a parte social do clube tem feito silenciosamente em prol do futebol.
Quando recebi uma proposta de outro grupo, faltando poucos dias para o início do campeonato, promovi reuniões com a diretoria, em um segundo momento com o atual gestor do futebol e posteriormente com os conselheiros. Não defendi nenhuma proposta, sequer votei, mas com ética, transparência e respeito, cumpri minha obrigação de tratar o assunto internamente. Lembrando que a atual gestão ainda não havia apesentado time e sequer comissão técnica.
Como gestor do clube, reconheci a necessidade de instrumentalizar contratualmente a gestão do futebol profissional, atribuindo responsabilidades aos envolvidos (lembrando que já solicitava desde quando eu era presidente do conselho deliberativo). Essas questões contratuais foram dirimidas entre os representantes do Friburguense Atlético Clube e o próprio gestor, que findaram os termos contratuais a serem seguidos, bastando apenas o atual gestor entregar documentação solicitada e aceita por ele em reunião, e cumprir o estabelecido.
Vi grandes ídolos e pessoas exemplares vestindo a camisa do Friburguense. São exemplos para mim.
Considero muito preocupante, desrespeitosa, irresponsável e ofensivas publicações parciais, sem o devido conhecimento de causa.
Cresci frequentando o Friburguense, fiz amigos, trabalhei no estádio, conheci pessoas e profissionais admiráveis e exemplares. NUNCA tentei tirar proveito do Friburguense e SEMPRE que puder continuarei me disponibilizando ao clube. Mas é repugnante observar pessoas que nunca fizeram NADA pelo Friburguense, tentando usá-lo para proveito próprio ou, quem sabe, como palanque eleitoral para as próximas eleições, o que merece toda minha indignação.
Elberth Jonas de Mello Heringer
Presidente do Conselho Diretor
Friburguense Atlético Clube