O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, negou as acusações de corrupção, lavagem de dinheiro, organização criminosa e fraude em licitações que resultaram na sua prisão preventiva na manhã desta quinta-feira, 29/11, através da Operação Boca de Lobo, da Polícia Federal (PF), um desdobramento da Operação Lava Jato no Rio de Janeiro.
Em rápida entrevista na saída do prédio da superintendência da PF, na Praça Mauá, Centro do Rio de Janeiro, Pezão fez um sinal de positivo com o dedo polegar e afirmou “é óbvio que eu nego, nego tudo”, quando questionado se tinha cometido os crimes dos quais é acusado. Ele esteve reunido por cerca de quatro horas com seus advogados no local, enquanto prestava depoimento à PF.
Pezão foi conduzido para o presídio da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PMERJ), em Niterói, na região metropolitana da capital, onde ele ocupará uma sala de estado maior e não um cela comum, como é prerrogativa dos cargos que têm foro privilegiado, como é o caso do governador do Rio de Janeiro.
O local foi uma sugestão do interventor federal na segurança pública do estado, general Walter Braga Netto e é o mesmo onde está preso o ex-procurador-geral do Ro de Janeiro, Cláudio Lopes, que é acusado de blindar o esquema de corrupção do, também preso, ex-governador Sérgio Cabral (MDB).