Profissão oferece salário de quase R$ 40 mil e sobra vagas

21/08/2023 18:03:58
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CIBERSEGURANÇA ESTÁ VALORIZADO NO MERCADO –


De uma hora para outra, o setor de cibersegurança ‘explodiu’, sobretudo durante e após a pandemia. Sobram vagas mesmo com oferta de salários que chegam a quase R$ 40 mil.


Nunca a segurança da informação foi tão valorizada como de 2020 para cá. Isso porque só depois da pandemia que muitas empresas entenderam o quanto esse pilar é essencial para elas.


O problema é que o número de pessoas para trabalhar com segurança ainda é baixo por causa da falta de mão de obra qualificada. Para se ter ideia do problema, a área apresenta o maior déficit global de talentos, segundo levantamento do Google for Startups. E olha que os salários são bem altos, repetimos, podendo chegar a quase R$ 40 mil.


COMO É O TRABALHO
👀 O que esse profissional faz e como está o setor


É responsável por gerenciar o setor de segurança de uma empresa e tem como objetivo proteger dados e informações sensíveis. Ele ajuda a blindar de possíveis ataques cibernéticos, mas também pode estabelecer políticas de segurança.


🏴‍☠️ As empresas acenderam o alerta e passaram a olhar a sua segurança com mais atenção a partir 2017, quando houve o ataque massivo do vírus WannaCry. Nesse episódio, criminosos geraram um alerta mundial ao afetar várias empresas, inclusive no Brasil. Segundo a agência France Presse, os computadores delas foram infectados por um vírus “ransomware” e os criminosos exigiam um resgate de até US$ 600 em Bitcoins para deixar o controle dos equipamentos;


👎 Mas esse incidente, até então sem precedentes, não foi suficiente para mudar o cenário da segurança da informação, diz Edivaldo Sartor, professor do curso de graduação em defesa cibernética da Faculdade de Informática e Administração Paulista (Fiap);


➡️ Avança para 2020: no auge da pandemia, com o avanço da digitalização, o número de ataques virtuais a empresas explodiu. Nisso, as companhias entenderam que um vacilo de segurança pode afetar todo o funcionamento delas. Muitas, então, passaram a investir e a contratar pessoas especializadas;


📘 Ao mesmo tempo, aqui no Brasil, elas foram forçadas a seguir a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), que entrou em vigor em 2020 e, portanto, precisavam de profissionais de segurança para se adequar à nova legislação, explica Ana Paula Bialer, integrante do conselho nacional de proteção de dados, da Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD);


💼 “É um setor que demanda bastante e que precisa de um profissional extremamente especializado. Ele está em alta devido ao alto volume de transações on-line financeiras, de compras e, obviamente, tudo o que diz respeito a dados pessoais”, diz ao g1 André Barrence, chefe do Google for Startups;


👀 “Temos muitos golpes no Brasil e eles são criativos. É uma diversidade de problemas que você não vê em outros países, e isso abre espaço para quem quer entrar”, conta Marina Ciavatta, especialista em conscientização em segurança da informação, que trabalha há mais de 10 anos na área;


🏃‍♀️ Só que existe uma dificuldade muito grande em encontrar e reter talentos, pois a rotatividade é alta. As pessoas acabam recebendo ofertas melhores o tempo todo. Essa escassez tem feito com que empresas busquem a terceirização, contratando outra companhia que ofereça segurança da informação, explica Roberto Engler, líder de segurança da IBM.


💰 Para a Brasscom, a associação que representa as empresas de tecnologia, segurança cibernética é uma tendência para 2023 e os gastos nacionais com soluções de proteção crescerão 13% este ano, atingindo US$ 13 bilhões.

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