O ex-governador Sérgio Cabral passou mal e desmaiou na cadeia ao saber que o filho José Eduardo Neves Cabral é um dos procurados da Operação Smoke Free, realizada nesta quarta-feira, 23/11, pela Polícia Federal (PF) e pelo Ministério Público Federal (MPF), contra “uma organização criminosa armada e transnacional especializada em comércio ilegal de cigarros”.
O ex-governador está preso no Batalhão Especial Prisional (BEP) e estava sendo atendido, por volta das 11h, na enfermaria da unidade de saúde da cadeia, segundo o filho Marco Antônio Cabral e fontes da Polícia Militar. De acordo com a PM, o estado de saúde de Sérgio Cabral é estável.
FILHO DO EX-GOVERNADOR É CONSIDERADO FORAGIDO
José Eduardo Neves Cabral, filho do ex-governador Sérgio Cabral, é um dos procurados da Operação Smoke Free, deflagrada pela Polícia Federal (PF) e pelo Ministério Público Federal (MPF), contra “uma organização criminosa armada e transnacional especializada em comércio ilegal de cigarros”. A PF não esclareceu a participação dele no esquema.
A PF afirma que o grupo criminoso investigado é responsável por causar prejuízos à União de cerca de R$ 2 bilhões.
De acordo com a investigação, iniciada em 2020, desde 2019 “o grupo criminoso reiteradamente, com falsificação ou não emissão de notas fiscais, depositava, transportava e comercializava cigarros oriundos de crime em territórios dominados por outras organizações criminosas, como facções e milícias”.
“Em consequência, efetuava a lavagem dos recursos obtidos ilicitamente e remetia altas cifras ao exterior de forma irregular”, afirma a PF.
Ainda segundo os investigadores, a quadrilha contava com “uma célula de serviço paralelo de segurança”, coordenada por um policial federal e integrada por policiais militares e bombeiros.
“O grupo econômico que suporta a organização criminosa investigada é devedor contumaz da União e possui débito tributário de aproximadamente R$ 2 bilhões, segundo informado pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional”, destaca a PF.
Os investigados podem responder pela prática de crimes de sonegação fiscal, duplicata simulada, receptação qualificada, corrupção ativa e passiva, lavagem de capital e evasão de divisas.
Se condenados, podem pegar 66 anos de reclusão.