Entenda por que esse equipamento não é uma boa opção para seu filho
Quem nunca viu o filho adormecer na cadeirinha do carro e ficar com a cabeça pendurada, balançando ao longo do trajeto? A cena inquieta os pais – e com razão. Mas saiba que há equipamentos corretos para evitar a situação – e o slumbersling (também conhecido como faixa soneca) definitivamente não é um deles.
O produto teria surgido em 2013, mas foi recentemente que se tornou mais conhecido no Brasil. Por aqui, ele é encontrado em lojas online com preços que variam entre R$ 19 e R$ 50, e costuma ser produzido quase artesanalmente, com tecido, espuma e elástico. No exterior, a maior fabricante é a Ash And Alys Babes. A empresa diz ter feito um teste para avaliar a segurança do produto. No entanto, trata-se de um teste desconhecido e que levou em conta apenas um modelo de cadeira, para crianças maiores.
A Sociedade Brasileira de Pediatria é completamente contra o uso do slumbersling, em qualquer faixa etária. Se essa faixa é tão segura e tão boa, porque ela não é vendida junto com a cadeira? Esse produto não é regulamentado em lugar nenhum. Ele representa vários riscos: pode apertar demais a cabeça da criança, gerar incômodo e, se escorregar para o rosto ou pescoço, há chance de estrangular ou sufocar.
Para evitar o desconforto durante a soneca no carro, é válido – e seguro – recorrer aos protetores de pescoço próprios para cadeirinhas, que dão o suporte necessário para as laterais da cabeça do bebê e da criança.
A ONG Criança Segura também foi procurada pela CRESCER para opinar sobre o slumbersling. Em nota, a organização respondeu que não poderia comentar sobre o assunto por não ter recomendações específicas e por não existirem estudos que embasem uma análise sobre o item.
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