O Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou, nesta sexta-feira, 28/8, o afastamento imediato do governador Wilson Witzel (PSC) do cargo por irregularidades em contratos na saúde.
O vice Cláudio Castro é o provável substituto, mas também é alvo de mandado de busca e apreensão na mesma operação, assim como o presidente da Assembleia Legislativa, André Ceciliano.
A ordem de afastamento de Witzel, por 180 dias, é fruto da operação batizada de Tris in Idem, desdobramento da Operação Favorito e da Operação Placebo – ambas em maio, e da delação premiada de Edmar Santos, ex-secretário estadual de Saúde.
O STJ também expediu mandados de prisão contra o Pastor Everaldo, presidente do partido, e Lucas Tristão, ex-secretário de Desenvolvimento Econômico. Também foram expedidos mandados de busca e apreensão contra a primeira-dama, Helena Witzel, no Palácio Laranjeiras; e contra o desembargador do Trabalho, Marcos Pinto da Cruz. No total, são 17 mandados de prisão e 82 de busca e apreensão.
AFASTADO, WITZEL SE DIZ VÍTIMA DE PERSEGUIÇÃO
O governador Wilson Witzel (PSC-RJ) declarou, em pronunciamento no Palácio Laranjeiras, nesta sexta-feira, que está “indignado” com afastamento do cargo de governador. Witzel se disse perseguido pelo governo federal, pelo MP, e fez ataques ao ex-secretário Edmar Santos, preso pelas denúncias de corrupção na Saúde – e delator do governador. Witzel defendeu a esposa.
“Mais uma vez quero manifestar a minha indignação e uma busca e apreensão e, mais uma vez, é uma busca e decepção. Não encontrou um real, uma joia, simplesmente mais um circo sendo realizado”, disse Witzel. “Você não pode afastar um governador com a suposição de que ele vai fazer algo”.
O governador fez ataques à Procuradoria-Geral da República e pediu investigação de um suposto “uso político” da instituição.
Ele disparou contra o ex-secretário de Saúde: “Edmar nos enganou a todos… Esse vagabundo entra na saúde do Rio de Janeiro quando eu avisei que não toleraria corrupção e não tolero corrupção. Tentou ludibriar a todos nós”.
Mais cedo, a defesa divulgou uma nota em que diz que foi uma “grande surpresa” e que tomará “medida cabíveis” contra a decisão. Na denúncia, a Procuradoria-Geral da República aponta pagamentos suspeitos efetuados por empresas ligadas ao empresário Mário Peixoto ao escritório de advocacia de Helena Witzel, mulher do governador afastado.
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