A Corte Especial do STJ (Superior Tribunal de Justiça) ratificou – 14 votos a 1 – nesta quarta-feira, 2/4, o afastamento do governador Wilson Witzel, ocorrido na última sexta-feira. A maioria dos ministros avalizou a decisão do ministro Benedito Gonçalves, relator do caso e autor da decisão de afastamento.
Wilson Witzel (PSC) – um dos alvos da Operação Tris In Idem – foi afastado do cargo de governador do Rio de Janeiro por suspeitas de desvios na Saúde no estado. O prazo de afastamento é de 180 dias.
A PGR (Procuradoria Geral da República) chegou a pedir a prisão do governador, mas o pedido foi negado pelo STJ. O tribunal entendeu que o afastamento é suficiente para a paralisação das supostas ações criminosas.
Witzel foi delatado pelo ex-secretário estadual de Saúde, Edmar Santos.
GOVERNADOR AFASTADO PUBLICA MENSAGEM
Logo depois que o quórum mínimo para o afastamento foi atingido (dez votos), Witzel afirmou em uma rede social que respeita a decisão do STJ.
“Compreendo a conduta dos magistrados diante da gravidade dos fatos apresentados. Mas, reafirmo que jamais cometi atos ilícitos. Não recebi qualquer valor desviado dos cofres públicos, o que foi comprovado na busca e apreensão. Continuarei trabalhando na minha defesa para demonstrar a verdade e tenho plena confiança em um julgamento justo. Desejo ao governador em exercício, Cláudio Castro, serenidade para conduzir os trabalhos que iniciamos juntos e que possibilitaram devolver ao povo fluminense a segurança nas ruas e, com isso, a esperança em um futuro melhor”, escreveu.