PRESIDENTE AFASTADO DA ALERJ TAMBÉM É ALVO DE BUSCA E APREENSÃO NA MESMA OPERAÇÃO INICIADA POR ENVOLVIMENTO DE DEPUTADO SUPLENTE COM O COMANDO VERMELHO –
O desembargador federal Macário Ramos Júdice Neto, do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2), foi preso nesta terça-feira, 16/12, pela Polícia Federal (PF), na 2ª fase da Operação Unha e Carne, que investiga o vazamento de informações da Operação Zargun. A ordem partiu do ministro do STF, Alexandre Moraes.
Policiais prenderam Macário em casa, na Barra da Tijuca, na Zona Sudoeste do Rio de Janeiro.
Macário foi o magistrado que, em setembro, expediu o mandado de prisão do então deputado TH Joias na Operação Zargun.
Agentes saíram para cumprir, no total, 1 mandado de prisão e 10 de busca e apreensão, expedidos pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Preso na 1ª etapa da operação e solto pelo plenário da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), o deputado estadual licenciado Rodrigo Bacellar (União Brasil) também é alvo de buscas.
Uma fonte da PF diz que o desembargador estava com o então presidente da Assembleia legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Rodrigo Bacellar (União Brasil), quando esse ligou para TH Joias para avisá-lo da operação. Bacellar e Macário estavam em um restaurante no momento.
Além desse indício, a PF encontrou, ainda, no celular de Bacellar, trocas de mensagens entre o então presidente da Alerj e o desembargador, que embasaram a atual operação.
DESEMBARGADOR FICOU 18 ANOS AFASTADO DO CARGO
O desembargador federal Macário Ramos Júdice Neto, do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2), preso em operação da Polícia Federal, ficou quase 18 anos afastado do cargo por decisão do próprio tribunal.
Em novembro de 2005, o Superior Tribunal de Justiça abriu um processo criminal contra ele para apurar participação em um esquema de fraudes em sentenças judiciais. Ele foi afastado do cargo na época.
Pouco mais de 10 anos depois, o plenário do TRF-2 decretou a aposentadoria compulsória de Macário, acusado de envolvimento na máfia dos caça-níqueis o Espírito Santo.
Em 2023, o TRF2 determinou a volta do juiz como titular da 3ª Vara Federal de Vitória. Promovido, ele assumiu como desembargador federal do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2).












