Você piscou e pronto: já tem panetone no mercado e árvores de natal para todo lado. Mais uma piscada e… o ano novo já passou e agora chegou a vez dos ovos de páscoa. Mas o que está acontecendo? Por que o tempo está voando?
Diversos estudos já tentaram descobrir o que causa a sensação do tempo passar mais rápido do que antes. A maior parte deles afirma que tudo está relacionado com a idade: quanto mais velho você fica, maior a impressão de que o tempo voa.
Por que o tempo passa rápido?
De acordo com uma pesquisa da Universidade de Munique, a idade interfere, ainda que levemente, na percepção do tempo. Mas outros fatores também influenciam, como o aumento das responsabilidades familiares e das atividades profissionais, além do estresse do dia a dia.
Quanto mais coisas acontecem na vida, maior a sensação de velocidade e da falta de tempo para realizar as tarefas. Essa impressão está diretamente ligada aos comportamentos relacionados à idade, ao contexto social e às influências culturais.
O estudo analisou pessoas entre 14 e 94 anos e questionou o quão rápido o tempo passava para elas, o quão rápido elas esperavam que a próxima hora passasse e o quão rápido os últimos 10 anos se passaram, e percebeu que com a idade avançada, as pessoas prestam menos atenção no tempo.
As perspectivas de tempo (concepção de passado, presente e futuro), a estimativa de tempo (habilidades de mensurar o tempo do relógio) e a noção de tempo (impressão do tempo passar rápido ou devagar) mudam ao longo da vida.
Por isso, os que já completaram entre 20 e 59 anos são os que mais falam sobre a velocidade do tempo e têm mais tendência a achar que a vida está passando rápido demais. Depois dessa idade, a sensação dá uma trégua, justamente porque o estilo de vida e a forma de enxergar os acontecimentos mudam.
Isso também acontece porque a dopamina, um hormônio que estimula a mensuração do tempo, também diminui com a idade. Por volta dos 20 anos, o nível cai, o que faz com que o tempo pareça passar mais rápido.
Mas é importante frisar: cada cérebro constrói uma experiência subjetiva da passagem do tempo. É o chamado “efeito de dilatação do tempo”, termo que foi estudado em uma pesquisa da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos.
Este estudo realizou vários testes com voluntários e descobriu que cada pessoa tem sua forma de perceber o tempo, mas que quanto mais velho você fica, maior a tendência em achar que nunca há tempo suficiente para você fazer suas coisas.