Eu queria que fosse mentira, mas não é. Queria chegar em Friburgo e não encontrar as ruas mal cuidadas e a aberração de sempre. Quem sabe um visual acolhedor, uma grama aparadinha? Tirei fotos pela janela do carro ao passar na Av. Comte. Bittencourt. Ficaram horríveis. O mato subindo pelo meio-fio, meu carro andando, as fotos tremidas, minha cidade sem vida. Normal.
Enquanto isso, no mesmo horário, Lula tomava posse no Planalto. É o que me preocupa: apesar de a grama aparecer às vezes aparadinha na TV, o mato cresce alto no Planalto. Vergonhosamente, e indecentemente alto, o mato do Planalto. Poderia fazer uma brincadeira e por uma redução verbal, tirar a “vergonha” e o “indecente”, trocar o “mato” pelo “mente” e ficar apenas com “mente alto no Planalto”. Amigos lulistas mais inteligentes já dão sinal de comovente capitulação. Onde há fumaça, há fogo, admitem. Finalmente, concluo, podem ser lulistas, mas não burros. Eu mesma já fui uma.
Enfim, como os parágrafos têm que ser poucos, aqui termino. Explico o que me preocupa: se tá essa zona toda no salão, imagina na cozinha. Se roubam tanto no Planalto, imaginem a farra nas cidades pequenas, especialmente quando os holofotes estão bem longe delas. Se o Planalto pode, porque aqui não? A população? A população não parece dar a mínima para pagar impostos de cidade e morar no matagal.
Obs: Antes que pelem o centro da cidade e derrubem árvores e arbustos como resposta, ressalvo que árvores e arbustos frondosos são bem-vindos.
Sei lá, depois do que fizeram na Praça Getúlio Vargas…