Há cerca de um mês participei da organização de um movimento que levou 300 ex-alunos da década de 80 para uma tarde de confraternização e boas memórias no Colégio Anchieta. Foi a segunda edição da Festa Geração +/- 80, como foi batizada, e nas duas ocasiões fizemos questão daquela figura tão importante e singular na vida de cada um: o professor.
Há professores de todos os matizes. Assim como alunos. Alguns nos marcam mais, de outros nos fica uma frase que reverbera para sempre – para o bem o para o mal, diga-se. A emoção de reencontrar professores que amamos é indescritível. Ouvir novamente a sua voz de sabedoria, agora encorpada pela distância da época em que a gente frequentava a escola, só faz um evento desse mostrar sua relevância.
Venho pensando nisso desde que conseguimos realizar a segunda edição da Festa, com pleno êxito. Eu sempre penso naqueles professores que não vieram, que não souberam, que não se sentiram suficientemente convidados. Venham, pois, na próxima! Também penso nos outros colégios em que estudei e nos amigos que estão lá confraternizando que passaram também por vários colégios da cidade.
Foi depois disso que vi Marileia na calçada. Marileia foi uma professora inesquecível, de uma energia incrível. Professora de Educação Física, e eu nem nunca me liguei muito nisso. Ver Marileia na rua me trouxe boas lembranças do Mercês. E me levou o pensamento a outra professora, de Português: Marcia Coelho, lá no passado, com seu sorriso jovial, seus olhos puxados. As informações se misturam com os anos. Um passo na calçada, um olhar, e o tempo volta, às vezes com incrível nitidez.
Na palestra da friburguense mais fantástica que o presente nos ofereceu, vi a Ilona Zsabó comentar de relance: estudei no Anchieta, no Mercês, no Objetivo. É isso, somos a soma de um pouco de tudo. Agora, que vou lançar um livro na FLINF (a Feira Literária de Nova Friburgo) – perto do dia dos professores, perto do meu aniversário, perto do dia das crianças -, me deu vontade de lembrar o nome de todas as minhas professoras de Português. Os nomes vão vindo aos pulos, a gente não se lembra de todos. São muitos anos, é muita gente. E, na vida, somos todos professores e alunos…
