Funcionários do setor de Radiologia do Hospital Municipal Raul Sertã, em Nova Friburgo, realizam paralisação parcial nesta terça-feira, 4/10. Cumprindo a legislação, 30% dos servidores continuam fazendo os atendimentos emergenciais.
A categoria já havia anunciado anteriormente a deflagração do movimento que, por enquanto, é por 24h. Os funcionários devem avaliar o movimento, em breve, para definir os rumos do movimento.
A categoria cobra uma série de reivindicações salariais e condições de trabalho. Um cartaz foi afixado na portaria com a inscrição “Caos na Radiologia do Raul Sertã”.
PREFEITO EMITE NOTA DE ESCLARECIMENTO
“Inicialmente esclarecemos que causa estranheza essa paralisação acontecer poucos dias após a implantação do raio-x digital no Hospital Municipal Raul Sertã (HMRS), através da “CR”, equipamento de radiologia computadorizada, novo e moderno aparelho para o setor, que hoje possui toda a capacidade para realizar os devidos atendimentos a população de Nova Friburgo.
Com relação à reivindicação salarial, cabe ressaltar que nenhum técnico de Raio-X recebe remuneração inferior a R$ 3 mil. Inclusive, com incrementos e extras, só no mês de setembro, alguns profissionais chegaram receber até R$ 11 mil. Destaca-se que o profissional técnico de raio-x tem carga horária de 24h semanais, enquanto os demais técnicos da saúde recebem menos e têm carga horária de 30h por semana.
No mais, respeitamos o direito constitucional à paralisação de todas as classes, tal como vem ocorrendo nesta terça-feira, 04, no setor de Raio-X do Hospital Municipal Raul Sertã, tendo em vista que esse é um instrumento de luta pelos interesses dos trabalhadores, que devem ser respeitados e valorizados acima de tudo.
Deve-se levar em consideração que a Constituição estabelece que a greve e/ou paralisação em locais onde trabalhadores exercem atividades consideradas essenciais para a sociedade deve seguir determinados limites e regras. Segundo o Supremo Tribunal Federal (STF), a greve dos servidores deve respeitar o princípio da continuidade dos serviços públicos. Neste caso, por exemplo, dos cinco plantonistas que estão nesta terça, 30% deles devem manter o exercício das atividades, estabelecendo, assim, sistema de rodízio entre os grevistas de forma que a população não seja lesada.
Infelizmente, a paralisação desta terça não está seguindo o entendimento do STF nem o comunicado anterior realizado à Secretaria Municipal de Saúde sobre a ação, pois alguns pacientes não puderam realizar os procedimentos previstos por conta desse movimento”.