Polícia Federal prende ex-ministro da Educação Milton Ribeiro

22/06/2022 10:33:19
Compartilhar

JUSTIÇA VÊ INDÍCIOS DE “BALCÃO DE NEGÓCIOS” EM LIBERAÇÃO DE VERBAS PÚBLICAS


A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quarta, 22/6, operação policial “Acesso Pago”, destinada a investigar a prática de tráfico de influência e corrupção para a liberação de recursos públicos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, vinculado ao Ministério da Educação.


Com base em documentos, depoimentos e Relatório Final da Investigação Preliminar Sumária da Controladoria-Geral da União, reunidos em inquérito policial, foram identificados possíveis indícios de prática criminosa para a liberação das verbas públicas.


Estão sendo cumpridos 13 mandados de busca e apreensão e 5 prisões. Entre os mandados de prisão preventiva, um deles é contra o ex-ministro Milton Ribeiro pelos supostos crimes de corrupção passiva, prevaricação, advocacia administrativa e tráfico de influência.


BOLSONARO SE PRONUNCIA


Depois de ter dito em março que “colocava a cara no fogo” pelo seu então ministro da Educação Milton Ribeiro, o presidente Jair Bolsonaro agora mudou o discurso após seu pedido de prisão. Em entrevista à Rádio Itatiaia, o presidente Bolsonaro defende que ele “responda pelos seus atos”:

O caso do Milton, pelo que eu estou sabendo, é aquela questão que ele estaria com uma conversa meio informal demais com algumas pessoas de confiança dele. E daí houve denúncia que ele teria busca prefeito, gente dele, para negociar, para liberar recursos. O que acontece? Nós afastamos ele. Se tem prisão, é Polícia Federal. É sinal de que a Polícia Federal está agindo. Que ele responda pelos atos dele – disse Bolsonaro.


MINISTÉRIO EMITE NOTA


A Polícia Federal também foi ao Ministério da Educação (MEC) para colher informações. Em nota, a pasta afirmou que vai colaborar com as investigações e que o governo federal “não compactua com qualquer ato irregular”.


“No sentido de esclarecer todas as questões, o MEC reforça que continua contribuindo com os órgãos de controle para que os fatos sejam esclarecidos com a maior brevidade possível”, diz a nota do ministério.

Compartilhar