Transporte: Faol defende debate franco com Prefeitura mirando serviço de excelência

10/06/2022 13:26:13
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EMPRESA DESTACA QUE LAUDO PERICIAL DA JUSTIÇA CONFIRMA DESEQUÍBRIO FINANCEIRO DA CONCESSÃO E QUE DISTORÇÃO PRECISA SER CORRIGIDA EM FAVOR DO USUÁRIO –


Como já é de domínio público, a recente perícia independente realizada pela Justiça confirmou um grande desequíbrio econômico-financeiro da concessão do transporte em Nova Friburgo: a Prefeitura deve R$ 95 milhões para a Nova Faol, enquanto a empresa tem em aberto R$ 11,6 milhões, o que representa uma dívida de aproximadamente R$ 83,3 milhões do município com a concessionária.

Esta semana, após a divulgação do laudo pericial, o empresário Alexandre Colonese – um dos sócios da Nova Faol – concedeu entrevista coletiva à imprensa. Num tom conciliador, porém, firme, ele defendeu que as partes busquem o diálogo de forma franca e transparente mirando alcançar o serviço de excelência no transporte público friburguense, sobretudo para atender os anseios do usuário.

“O desequíbrio econômico-financeiro da concessão é fato, é realidade, e está comprovado… se não houver o reequíbrio, nada avançará. Temos a oportunidade de ir para a frente. O laudo pericial é um divisor de águas. A Prefeitura precisa vir para a mesa de discussão e atendermos os anseios da sociedade. É a hora! O usuário precisa ter um serviço de excelência”, defendeu Colonese.

O empresário destacou ainda que a Faol irá honrar o que deve (R$ 11,6 milhões aferido pelo laudo judicial), como sempre fez, e avalia que a Prefeitura deva fazer o mesmo. Ele, entretanto, pondera: “A diferença (83,3 milhões) a favor da Faol deve ser revertida para o usuário do transporte público, aquele que sente no dia-a-dia os efeitos do desequíbrio econômico da concessão”, afirmou Colonese. “Por exemplo, a renovação da frota de ônibus é uma necessidade emergencial”, afirmou.

TARIFA TÉCNICA E NÃO POLÍTICA

Diante dos números apresentados pelo laudo pericial da Justiça, Alexandre Colonese reitera que a Nova Faol defende uma “tarifa técnica” do transporte e não uma “tarifa política” como vem sendo feito ao longo dos últimos anos.

“Quanto custa o transporte público? Custa tanto. É fácil: 2 mais 2 são quatro. O prefeito define o valor da tarifa e faz o complemento do restante, através do subsídio. Ponto”, afirmou Colonesi. “Isso, porém, precisa ser feito de forma técnica, justa, transparente. O valor pago mensalmente em subsídio (R$ 400 mil) não cobre a despesa e só desequilibra ainda mais a concessão”.

E acrescenta: “… o valor da tarifa pode até ser mais barato para o usuário em relação ao valor atual de R$ 4,20. O valor da tarifa para o usuário quem define é a Prefeitura. O poder concedente, que é a Prefeitura, deve, contudo, rediscutir o subsídio de maneira técnica para reequilibrar a concessão. O laudo pericial mostrou que existe o desequíbrio econômico-financeiro e que isso precisa ser corrigido urgentemente”.

O atual contrato emergencial entre a Prefeitura e a Nova Faol termina em setembro.

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