A única estreia desta semana nos cinemas em Nova Friburgo é o aguardado Velozes e Furiosos 9. Essa é uma das franquias mais bem sucedidas de todos os tempos do cinema. F9, como o filme é conhecido, tem tudo o que esperamos e que consolidou a franquia: família acima de tudo, sequências absurdas e alucinantes, suspense e ótimas tiradas cômicas. O enredo foca nas desavenças dos irmãos Toretto. Isso mesmo, Dominic e Jakob vão duelar e revirar os problemas do passado em uma disputa entre iguais. O diretor Justin Lin consegue mesclar muito bem os flashbacks mais calmos com toda a correria do presente. A vilã do filme anterior interpretada por Charlize Theron retorna poderosa, o que só reforça o crescimento da força feminina que ganhou mais espaço. Michelle Rodriguez e a “brasileira” Jordana Brewster, possuem mais protagonismo e são essenciais para que tudo se desenrole. O elenco, liderado por Vin Diesel, ainda conta com as participações de Ludacris, Tyrese Gibson, e com o retorno Sung Kang em uma elaborada explicação depois da sua morte em uma explosão no terceiro filme da franquia. O segredo deste sucesso pode ser explicado de duas formas: Simplicidade da teia dramática, o que libera muito espaço para as cenas de ação que remetem sempre para o impossível, e o carisma como ponto de conexão com o público. Temos assim um filme “quase” de super-heróis, com muitas cenas de tirar o fôlego, mas com um pano de fundo simples, que reforça princípios básicos e comuns a maioria das pessoas. O único ponto negativo é o tempo longo com mais de 140 minutos de exibição. Por melhor que seja, fica cansativo por não ter uma trama realmente complexa para render tanto tempo. Cuidado com os trailers e qualquer peça de divulgação por conta de spoiler, o ideal é ir assistir sem qualquer outra referência além dos filmes anteriores. Vale muito o ingresso principalmente por conta do espetáculo visual em uma tela grande. A indicação etária é para maiores de 14 anos.
DICA:
A dica desta semana para assistir em casa vai para Sweet Tooth. Duas coisas chamaram minha atenção sobre essa série da Netflix. Primeiro por ser baseada nos quadrinhos de Jeff Lemire e segundo, por estar a quase um mês entre os 3 mais vistos no Brasil. A boa surpresa é que o roteiro é muito bem construído. Ele constrói uma convergência com os diversos núcleos dramáticos através dos episódios e isso vai dando força narrativa para a história. É um drama que encanta e assusta, guiado por um menino inocente que esbanja esperança e amor.
