Estreia esta semana em Nova Friburgo Uma Prova de Coragem. Esse é o típico filme Sessão da Tarde que se baseia em uma história real com os predicados tradicionais do roteiro básico: um conflito, uma aventura e um aprendizado que surge durante o caminho e ensina que vencer, não é o que parece. O grande acerto desta produção é entregar exatamente o que se propõe. Temos um personagem carismático interpretado pelo Mark Wahlberg e o Arthur the King, título original, um cachorro que vai inspirar e encantar a todos. Uma aliança improvável que emociona e ensina valores preciosos que muitas vezes não percebemos. O maior problema é o pouco aprofundamento que os outros personagens apresentam, mas isso não atrapalha, uma vez que todos os olhares estão voltados para o cachorrinho fofo. Para quem gosta do tema e de se emocionar, é uma boa dica. Importante esperar um pouco após o final para ver as imagens em fotografias do Arthur e como a vida seguiu após os eventos que o filme apresentou. Vale sim o ingresso e a indicação etária é para maiores de 12 anos.
Estreia também esta semana em Nova Friburgo A Primeira Profecia. Mais uma vez, voltamos ao original A Profecia, e desta vez, fazendo um filme de origem, revitalizando a franquia. O grande acerto aqui, foi referenciar o filme de 1976, mas também foi o problema, além é claro dos jump scares desnecessários. São várias cenas que remetem ao original, seja pela sequência, ou pelos ângulos, fotografia e trilha sonora. Estou me referindo a um filme com quase cinquenta anos, quando o ritmo era muito diferente e ao revitalizar toda essa narrativa, torna o desenvolvimento da ação, para os dias de hoje, cansativa. Não que seja ruim, mas falha principalmente por conta de que boa parte das pessoas que vão assistir, nunca viram o original. Independente disso, a proposta é válida e bem-vinda. No elenco temos a ótima Nell Tiger Free, com uma atuação surpreendente, assim como os experientes Bill Nighy e Sônia Braga. O filme carrega um debate importante sobre os preconceitos e tabus em relação ao corpo feminino e a ditadura do correto, ainda que só nas aparências. Dirigido por Arkasha Stevenson, o filme aproveita bem os cenários italianos e consegue entregar o que promete, apesar de ser arrastado. Vale sim o ingresso e a indicação etária é para maiores de 18 anos.
A última estreia desta semana em Nova Friburgo é Uma Família Feliz. Suspense nacional, dirigido pelo experiente José Eduardo Belmonte, o filme aposta em um início matador em que a protagonista, na companhia de uma criança, acelera em rota de colisão com um caminhão, no que seria um ato de desespero para dar fim a suas vidas. É o típico gancho para dar corpo e contraste com o enredo que vem a ser apresentado. O problema é sustentar o impacto inicial, sem perder o suspense. Alguns elementos são muito bem compostos, sempre com foco nas psiques que vão sendo reveladas. Sejam os cenários, a fotografia e até os objetos de cena, como as estranhas bonecas, acrescentam muita força narrativa. No elenco temos a Grazi Massafera e Reynaldo Gianecchini, formando o casal perfeito, só que não, assim como Juliana Bim e Luiza Antunes, todos muito bem. A grande aposta do roteiro que virou livro, está nas reviravoltas e no jogo que se desenvolve estre os personagens. É uma grata surpresa por ser um filme que não obteve muita divulgação, e fica a dica para quem gosta de um bom suspense. Precisamos incentivar essas iniciativas que vão além da comédia nas produções nacionais. Vale muito o ingresso e a indicação etária é para maiores de 16 anos.
Sugestão: A dica para assistir esta semana em casa vai para Oppenheimer. O grande vencedor do Oscar de 2024 estreia na Amazon Prime Video neste domingo dia 07 de abril e conta os conflitos e os desafios do pai da bomba atômica. Longo, até um pouco arrastado, mas relevante e muito bem-produzido, o filme é atual e impactante.
